A Savassi passa o ponto



As placas por toda parte não deixam dúvidas: a Savassi passa por mudanças que vão além da revitalização da praça Diogo Vasconcelos. Muitos comerciantes estão deixando uma das regiões mais nobres da capital impulsionados por aluguéis caros, violência e falta de infra-estrutura. Em um pequeno quarteirão, da avenida Getúlio Vargas, é possível ver uma série de anúncios que sinalizam que a loja em breve deixará de existir. É o caso da A Casa de Chá, que pouco antes de completar dois anos na região está fechando as portas. A proprietária Celina Teixeira conta que ela e a sócia viram naquele que seria o ponto dos sonhos, uma oportunidade de alavancar as vendas de um produto diferenciado.

Juntas, as duas transferiram a loja do bairro Cidade Nova para a Savassi, com a expectativa de que a demanda pelos produtos aumentasse. Porém, as dificuldades enfrentadas com o empreendimento foram maiores que a procura pelos produtos. Segundo Celina, antes mesmo das obras na região, o público frequentador já não estava mais assíduo como antes. "Depois da mudança dos prédios do Governo para a Cidade Administrativa, a Savassi já perdeu umpouco a movimentação diária de clientes. Depois das obras da Savassi, a situação piorou bastante", explica Celina.

A queixa da comerciante não é isolada. Segundo o pesquisa do Sindicato dos Lojista do Comércio de Belo Horizonte (Sindilojas BH), 51 lojas já fecharam as portas e 65% dos lojistas entrevistados sentiram quedas nasvendas no período de março de 2011 a março de 2012, data em que foram realizadas as obras. Na avenida Getúlio Vargas, onde se concentraram as obras, 10 estabelecimentos fecharam as portas, o maior número registrado durante o levantamento. Em seguida vem a rua Fernandes Tourinho, com sete, e a rua Paraíba com seis.

Na rua Alagoas, altura do número 429, uma enorme faixa também anuncia a entrega do ponto. O gerente da loja de tecidos, Hélio Dias, não relaciona a mudança a nenhum acontecimento em especial, mas afirma que deixar a Savassi não deve impactar nas vendas da loja. "Nossas vendas são, na maioria das vezes, acertadas pelo telefone e internet. Não justifica manter uma loja em um ponto tão caro", afirma.
Ainda segundo o Sindilojas, os motivos mais comuns apresentados por pelos comerciantes para justificar a queda nas vendas e o fechamento das lojas são a falta de estacionamento gratuito para os clientes e custos como IPTU e aluguel.

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